Visita a M. de Barros
Ah! se um vaga-lume
no tempo d`eu menino
tivesse me ensinado
a voar fora da asa...
mas eu não aprendi
agora estou aqui
somente um caramujo
um caramujo morto...
Oz
Janeiro de 2004
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
Olhos de ressaca
A vaga do mar lá fora
cá dentro meus devaneios
argênteos bicos de seios
crepúsculos, transas, auroras.
A vaga do mar cá dentro
lábios vadios, vermelhos
dinossauros e coelhos
fauna, flora e sentimento.
O desconhecido louco
cadáver carnavalesco
pesticidas e insetos.
Torres, tróias, arabescos
deuses, razões, objetos
cá dentro de tudo um pouco.
Oz
17.09.98
A vaga do mar lá fora
cá dentro meus devaneios
argênteos bicos de seios
crepúsculos, transas, auroras.
A vaga do mar cá dentro
lábios vadios, vermelhos
dinossauros e coelhos
fauna, flora e sentimento.
O desconhecido louco
cadáver carnavalesco
pesticidas e insetos.
Torres, tróias, arabescos
deuses, razões, objetos
cá dentro de tudo um pouco.
Oz
17.09.98
Caçada
I
Em busca de abrigo
o corpo vaga insone
num êxodo constante.
A mão semeia o trigo
&
o joio jaz, tão vivo.
A pele ardendo em febre
num arcabouço misto
de dor e encantamennto.
É caçadora e lebre
A caçada prossegue.
II
Em busca da resposta
a mente vaga, insone
num êxodo constante.
O sal sobre a ferida
os lábios sobre os lóbulos
a pele ardendo em febre.
Na noite a luz se banha
e o homem emaranha
a noção de pecado.
A mesa está posta
a fome, insinuante
o verbo, amordaçado.
Oz
27.03.01
I
Em busca de abrigo
o corpo vaga insone
num êxodo constante.
A mão semeia o trigo
&
o joio jaz, tão vivo.
A pele ardendo em febre
num arcabouço misto
de dor e encantamennto.
É caçadora e lebre
A caçada prossegue.
II
Em busca da resposta
a mente vaga, insone
num êxodo constante.
O sal sobre a ferida
os lábios sobre os lóbulos
a pele ardendo em febre.
Na noite a luz se banha
e o homem emaranha
a noção de pecado.
A mesa está posta
a fome, insinuante
o verbo, amordaçado.
Oz
27.03.01
sábado, 20 de setembro de 2008
Retôrno à Kandarar
I
Vejo a luz banhar o teu corpo.
Sinto a tempestade.
Tua pele incendeia minha razão entorpecida.
Pérolas cintilantes em tua face
fagulhas no ar deste outono gris e eterno.
Meu desejo é uma nau cravada nos teus seios.
Queres o que quero no entanto foges.
Eu sei que estás por perto.
II
Tua inocência: um bosque esquecido em nenhures,
por ele, cavalgo, alucinado, rumo ao Olimpo,
no fundo, sei que és apenas uma miragem...
Na manhã outonal
um zéfiro enlaça-a levemente.
Poderia chamá-la Lilith
conheço-a e venero a tua descendência excomungada e milenar.
III
Minha trilha adentra tuas fronteiras;
um sítio inexplorado e esplêndido;
perco-me nas clareiras do teu corpo;
somos, na manhã, um só corpo; um só espírito insone sob a névoa;
sobre as folhas caídas no solo;
somos um só dentro do sonho purpúreo.
IV
À tarde, soluçavas encolhida no tombadilho..
Tempestades de areia feriram teus olhos...
Teu colo seria devorado, pouco depois, por hienas vorazes...
V
Calaram-se os cantos na terra desolada
ausentaram-se os deuses delirantes do deserto.
Deixei a ti os meus versos e mais nada.
Oz
I
Vejo a luz banhar o teu corpo.
Sinto a tempestade.
Tua pele incendeia minha razão entorpecida.
Pérolas cintilantes em tua face
fagulhas no ar deste outono gris e eterno.
Meu desejo é uma nau cravada nos teus seios.
Queres o que quero no entanto foges.
Eu sei que estás por perto.
II
Tua inocência: um bosque esquecido em nenhures,
por ele, cavalgo, alucinado, rumo ao Olimpo,
no fundo, sei que és apenas uma miragem...
Na manhã outonal
um zéfiro enlaça-a levemente.
Poderia chamá-la Lilith
conheço-a e venero a tua descendência excomungada e milenar.
III
Minha trilha adentra tuas fronteiras;
um sítio inexplorado e esplêndido;
perco-me nas clareiras do teu corpo;
somos, na manhã, um só corpo; um só espírito insone sob a névoa;
sobre as folhas caídas no solo;
somos um só dentro do sonho purpúreo.
IV
À tarde, soluçavas encolhida no tombadilho..
Tempestades de areia feriram teus olhos...
Teu colo seria devorado, pouco depois, por hienas vorazes...
V
Calaram-se os cantos na terra desolada
ausentaram-se os deuses delirantes do deserto.
Deixei a ti os meus versos e mais nada.
Oz
Enquanto chove
Para a pequena ex-habitante da CEU 3
Por ora é só
Não preciso mais de ti aqui
Então quero ver você partir
Buscar-te-ei se acaso precisar.
Por ora basta
Teu beijo infante aplacou minha sede
Mas teu olhar prendeu-me na tua rede
E eu não consigo preservar-te assim tão casta.
De pé vou aguardar minha decadência
E como um cão, lamberei minhas feridas.
Tua lembrança será uma fonte adormecida
Um bálsamo a atenuar a dor da ausência.
È tarde sim. O crepúsculo se avizinha
A visão baça, o andar hesitante
À noite insone, o verbo delirante
A dor do mundo é também a minha
Por hoje é só
Não preciso mais dos teus segredos
Tua ausência deixa-me com medo
Sei que és o vento, e eu, chuva, fogo, pó...
Ozênio Dias
Agosto de 2006
Para a pequena ex-habitante da CEU 3
Por ora é só
Não preciso mais de ti aqui
Então quero ver você partir
Buscar-te-ei se acaso precisar.
Por ora basta
Teu beijo infante aplacou minha sede
Mas teu olhar prendeu-me na tua rede
E eu não consigo preservar-te assim tão casta.
De pé vou aguardar minha decadência
E como um cão, lamberei minhas feridas.
Tua lembrança será uma fonte adormecida
Um bálsamo a atenuar a dor da ausência.
È tarde sim. O crepúsculo se avizinha
A visão baça, o andar hesitante
À noite insone, o verbo delirante
A dor do mundo é também a minha
Por hoje é só
Não preciso mais dos teus segredos
Tua ausência deixa-me com medo
Sei que és o vento, e eu, chuva, fogo, pó...
Ozênio Dias
Agosto de 2006
Cristine
Cristine
Olhe garota
tudo que eu queria era te dar um beijo
e depois transar contigo
ouvindo Sara, do Dylan.
Mas, foda-se se isto não foi possível
e eu estou aqui trancado
e tudo parece abandonado
no condomínio azul.
Já não importa muito se fugiu para o Nordeste
ou se continua no apartamento ao lado,
tudo que importa agora são lindas viagens
adentrando florestas cerúleas.
Eu tenho um amigo que me apresentou uma garota órfã
e ela agora parece insaciável.
Olhe garota, vou te contar um segredo:
Eu sou um xamã
Eu sei que você quer voltar
mas...
antes de partir ouça comigo esta canção
e pode chorar..
enquanto isso vou buscar uma bebida
pois, sinto a tempestade se aproximando
(...)
(Um dia qualquer no Cond. Azul, em 95)
Oz
Olhe garota
tudo que eu queria era te dar um beijo
e depois transar contigo
ouvindo Sara, do Dylan.
Mas, foda-se se isto não foi possível
e eu estou aqui trancado
e tudo parece abandonado
no condomínio azul.
Já não importa muito se fugiu para o Nordeste
ou se continua no apartamento ao lado,
tudo que importa agora são lindas viagens
adentrando florestas cerúleas.
Eu tenho um amigo que me apresentou uma garota órfã
e ela agora parece insaciável.
Olhe garota, vou te contar um segredo:
Eu sou um xamã
Eu sei que você quer voltar
mas...
antes de partir ouça comigo esta canção
e pode chorar..
enquanto isso vou buscar uma bebida
pois, sinto a tempestade se aproximando
(...)
(Um dia qualquer no Cond. Azul, em 95)
Oz
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