Meus sentidos buscam no corpo opaco da noite veredas que me levem aos seres que habitam teus corais.
Sei que levas contigo vestígios do meu riso tímido e dos meus cantos tortos.
( cantos de caos e ternura ).
È certo que em algum outro pôrto te aguardam adornos e reflexos nítidos de constelações de outras épocas.
Danças envolta em pássaros amarelos e azuis e pérolas purpúreas deslizam suavemente pelo teu rosto lúdico.
Deuses vadios da minha infância, não me abandonem !!!
Vago, indistinto, por campos de transição.
( ... )
Do 17º andar dos meus olhos vândalos perscruto salões vazios e quartos de pedra e estátuas de mármore.
È certo que te observo em silêncio. ( o silêncio de desejos inenarráveis ).`
( ... )
Na aparente paz reinante, tua presença é fluído que alimenta o espírito lendário da cidade portuária. E distribui pétalas de begônia no cais a marinheiros bêbados.
Não sei como chamá-la. Vejo-a surgir à distância e trazes contigo uma brisa suave; um zéfiro e sei que podes desaparecer a um toque e me mantenho à distância.
Um dia, talvez no próximo outono, eu me aproxime e talvez eu consiga desvendar teus segredos; segredos que trazes contigo; segredos de ti e da tua estirpe secular.
Oz
Maio de 98
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário