Esta canção noturna e infeliz
quem a ouve sabe e sente logo
o sabor acre, atroz do monólogo
da existência envolta em nuvem gris
Esta canção noturna e taõ singela
penetra os labirintos da razão
desnuda o desejo oculto em vão
do ser entricheirado numa cela
Sonhos, canções, desejos e ruínas
elementos corroídos pelo tempo
ressoando no lento trepidar das horas
Dedico-lhe esta canção desesperada
minha honra, minha morte, minha sina
breves monumentos à sua memória.
Ozênio Dias
22.09.2003
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