Teu corpo é um templo silenciado
matéria envolta num rumor cristão
quando desnudo, um campo minado
leves vestígios de uma outra estação
Tua boca quente é a metade oculta
inaudível e quieta da tarde que termina
teus olhos, arco-íris na neblina
ora é o alvo e ora a catapulta
Teus róseos seios inundam os sentidos
incendiando o tempo que renasce
dos infinitos labirintos da razão
Tua lembrança, território proibido
mulheres loucas num lago a banhar-se
síntese em chamas do esplendor pagão.
Ozênio Dias
21.10.97
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