Enquanto a cidade dorme neste inverno
e a densa névoa gris invade alcovas
entre as frestas vagas da manhã
novos caminhos, novos sonhos, terras novas
Um homem vaga por entre os arcos da sinagoga
a fustigar os corpos moribundos
dos noctívagos bêbados, vagabundos
a entoar louvores ao Deus Baco
Sua voz rouca, vacilante, ganha os campos
a aura matutina se anuncia
e a cidade se põe a bocejar
O ciclo se completa, mais um dia
a libertar suas ilusões e seus espantos
lugar comum: o homem,, o deus, o amar.
Ozênio Dias
10.12.1997
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