(versão 2)
O fato inaudito
o atalho inesperado
teu corpo desnudado.
Pairam na tarde gris
rumores que provém
De um templo proibido.
Pousado nos umbrais
o meu olhar que quis
perdido, desnorteado.
Ah! mente que conduz
nos seus vastos impérios
tanto desejo e dor.
Espero a senha incerta
o sol na pele insone
espero ouvir meu nome.
Além, num antigo aquário
um corpo solitário
espera por alguém
&
e a dança cega e surda
moldura a sombra muda
enlaça a mim tambem.
Oh! corpo andaluz
de sonhos deletérios
faminto de ar e luz.
Caminho ao teu lado
sinistro, invisível
a ti aprisionado.
Ozênio Dias
21.07.2005
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