O medo em cada canto
o corpo mudo
[queda.
Tambores a rufar
nos tímpanos noturnos
sombras a clarear
o ser sendo o escuro.
Silêncio em cada gesto
a mão cega estendida
o pelotão contempla
pupilas já sem vida.
A exatidão do gesto
nenhuma atenuante
cortante e indigesto
o anti-manifesto.
O álibi inválido
a inocência morta
o ardente agora cálido
corpo no umbral da porta.
Culpados já não há
humanos idem, não
a bússola do acaso
aponta a desrazão.
Ozênio Dias
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário